domingo, dezembro 08, 2013

Meu sofrimento


Eu estava vivendo minha vida de boa, tranquilo, quando de repente mordi uma isca, que na verdade não sabia que era uma isca, fui enganado por uma bela visão nutritiva. Era um anzol que me fisgou, a ponta de um objeto fincou no canto da minha boca e com uma volta perfurando dolorosamente minha língua.
No anzol havia uma linha que então me puxou com toda força para fora da água. Com a força do arranque dos braços do pescador,  puxava mais ainda o anzol que machucando minha boca e atravessando minha língua, a dor ficava mais forte, era insuportável.  Na hora que aqueles dedos do pescador tirava o anzol de mim, ai que doía mais ainda, é uma dor que eu jamais desejaria para o ser mais maligno dessa terra. Porque na ponta do anzol existe outro anzol bem pequeno para segurar a fisgada, e na retirada ele sai perfurando mais ainda minha língua e o resto da boca que já estava bem machucada.
Como já não bastasse, me jogou no chão, e fiquei debatendo de muita dor e puxando o oxigênio que não vinha, estava me “afogando fora d’água”. Debatia com desespero, muito desespero, puxar o oxigênio e ele não vir, é desesperador, angustiante e horrível, é a pior das sensações quando agente luta contra a morte. Fui  debatendo, debatendo, a dor me torturava muito, e fui me debatendo até que cheguei a beira na água novamente e caí. Voltei pra dentro do meu mundo, da minha vida que é a água, mesmo conseguindo respirar novamente, a dor da minha língua rasgada e o canto da boca perfurada, achei que iria morrer desse sufoco, pela fadiga, dessa sensação tão dolorosa. Enfim, depois de muitos dias de sofrimento na água, sem poder comer normalmente, eu fui me curando sozinho. E aprendi a nunca mais fisgar um anzol. Quase morri torturado.


 Deus é vida!

Vlad Salomão 

sexta-feira, dezembro 06, 2013

Eu que não quero passar

Quando agente está na correria o tempo passa correndo.
Quando agente está atoa de boa o tempo passa correndo,

Os anos vão passando e eu que não quero passar.


Vlad Salomão

quarta-feira, dezembro 04, 2013

Dor




Eu sinto a dor que eu sinto
E sinto a dor que não sinto
Lembro de ler isso em algum lugar
Ou então eu acabei de criar?
O que importa que estou sentindo dor
Uma pancada semana passada me causou pavor
Fincada dali, puxada daqui que vai me aborrecendo
Quando mais eu agito mais vai doendo
Pomada, massagem e compressa quente
Vou do jeito que dar e seguindo sempre em frente
A contusão me prende mas não fico depressivo
Se estou sentindo dor é porque ainda estou vivo
A dor me incomoda mas também me fortalece
Eu tenho fé e Deus que atende a minha prece
Ele sabe que está fazendo e eu também
Me deixa passar mal pelo mal que me traz bem
Até eu ficar recuperado eu vou cuidando do coração
Pois o físico pode estar machucado mas o espirito está são
Mas também sinto a dor que não está em mim
Somo um só corpo nesse universo sem fim
Sinto a dor da prisão do gado no confinamento
Da mulher que está sendo estuprada nesse  momento
Sinto a dor dos abandonados nas calçadas
Aquela dor que sinto do faminto que não tem nada
Do frango de granja que tem seu bico queimado
Dos bezerrinhos que estão sendo torturados
Dor dos animais enjaulados
Dos pássaros engaiolados
Dores de todos os seres vivo injustiçados
Do desespero de um animal no matadouro morteiro
Pra aliviar o prazer de comer e enriquecer o fazendeiro
Sinto a dor na filha que foi abusada
Sinto até a dor de sua virgindade violada
A dor que sinto eu não sinto porque vai curar
A dor que não sinto dói mais porque não vai passar

Alivie alguém

Vlad Salomão.



Marcela

Estou aqui pensando em você Aliás, nunca te esqueço Mas sem você Ai eu padeço Marcelita minha linda Que tanta saudade Da sua voz E do seu s...